segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Álbuns Recomendados (Outubro)

Aqui vos deixo, caros visitantes, algumas recomendações musicais:


Buraka Som Sistema - Black Diamond (29 Setembro), os afro-lusitanos que estão a dar que falar a nível mundial com o seu estilo alternativo e batida contagiante. A não perder!

T.I. - Paper Trail (30 Setembro), o rapper norte-americano que teve o seu auge em 2005 com o álbum The King, tentar redimir-se do seu não tão bem sucedido último álbum, T.I. VS T.I.P. (2007). Podemos esperar rimas inteligentes e um flow único, ou será mais uma desilusão?!

Termanology - Politics As Usual (30 Setembro), acompanhado pelo mítico DJ Premier, este rapper tem tudo para triunfar, letras com conteúdo, flow apurado e instrumentais (de DJ Premiere) pensados ao mílimetro. Definitivamente um álbum a escutar!

Devin The Dude - Lannding Gear (7 Outubro), um dos rappers mais underrateds do momento. Já com uma longa experiência, Devin traz-nos mais um álbum (o sexto), do qual podemos esperar grandes coisas. Boas letras, sobretudo isso...

Ludacris - Theatre of Mind (21 Outubro), cómico, irónico e inteligente, são talvez estes os melhores adjectivos para descrever Ludacris. Longe dos seus melhores anos. Porém, ele sempre nos surpreende...

Missy Elliot - Fanomenal (28 Outubro), ora aqui está uma mulher que nunca me deixa de surpreender. Também ela longe dos seus melhores tempos, mas com uma criatividade e dinamismo fora do comum. Vale sempre a pena escutar...

(Confesso que não tive muito tempo para aprofundar a minha pesquisa quanto às releases do próximo mês, daí as minhas poucas recomendações e o facto de quase todas pertencerem ao mesmo estilo musical [aquele que melhor conheço].)
LD

domingo, 28 de setembro de 2008

I Believe I Can Fly (IV) by LD


Antes de mais nada peço desculpa pelo meu atraso, mas a minha vida tem sido agitada nos últimos tempos. Aqui vai...


Li, no Público de Sábado, que o nosso Presidente Aníbal Cavaco Silva voltou (em menos de um mês) a dar indicações ao Governo acerca do Orçamento de Estado, isto depois de, aquando da sua visita à Polónia, ter "pedido" uma maior verba do orçamento para o campo diplomático e rede de consulados (forma de potenciar relações internacionais mais "íntimas" e saudáveis). Desta feita, em Nova Iorque, o sr. Presidente "pediu" mais verbas para as famílias carenciadas.

Ora, nesta notícia há algumas coisas que me preocupam. Analisemo-la primeiro segundo um ponto de vista jurídico (não se trata de averiguar a constitucionalidade de tais declarações, pois essa questão nem se coloca, mas sim de demonstrar que o Presidente não tem qualquer competência legislativa, muito menos que se relacione com o Orçamento de Estado):


- primeiro, o art. 110º da CRP, no seu nº2, diz-nos que as competências dos órgãos de soberania estão tipificadas na Constituição e que são portanto de ordem pública, não podendo por isso, ser transmitidas, nem reguladas pelo legislador ordinário (princípio da tipicidade das competências dos órgãos de soberania, princípio da intransmissibilidade ou indisponibilidade de competências dos órgãos de soberania e princípio de reserva de Constituição);


- segundo, em nenhuma parte do Título II (Presidente da República), Parte III (referente à organização do poder político) da CRP, está escrito que o Presidente tem competências legislativas, e porque assim é, ele não as tem mesmo. As suas competências são exclusivamente políticas e diplomáticas e apesar de participar no processo legislativo através do instituto da promulgação/veto (uma concretização do princípio da separação e interdependência de poderes, enunciado nos arts. 2º e 111º da CRP), ele não tem qualquer competência legislativa;


- terceiro, sendo o Orçamento de Estado o principal elemento de definição e delimitação das políticas do Executivo ou Governo, faz todo o sentido que seja este a elaborá-lo (exclusivamente). Porém, tratando-se de diploma tão importante para a vida de toda a comunidade, faz também todo o sentido que seja o órgão representativo paradigmático (a Assembleia da República) a aprová-lo (não esquecer que a proposta de lei, partirá sempre do Governo, obviamente). E é isso que nos diz a Constituição no art. 161º alínea g, « Compete à Assembleia da República: [...] g) Aprovar as leis das grandes opções dos planos nacionais e o Orçamento do Estado, sob proposta do Governo »;


- Portanto, tem o Presidente competências que lhe permitam participar no processo de elaboração do Orçamento de Estado? Não! Têm então os seus "pedidos"/"chamadas de atenção"/indicações algum valor jurídico no processo? Não! Preocupa-me então que o Presidente dê estas indicações.


Analisemo-la agora de um ponto de vista político:


- primeiro, o sr. Cavaco Silva, enquanto Presidente, deve promover um clima de unidade, estabilidade e compreensão políticas e isso implica evitar declarações destas (repetidamente), sem aparente razão de ser - com declarações deste teor não estará o Presidente a fazer "oposição"?, indicações aqui e ali, façam melhor, devem investir mais aqui, etc. ...;


- segundo, sendo este o principal instrumento do Governo, o sr. Presidente não deveria fazer "pedidos" nem dar indicações, pois dessa forma estará a pressionar politicamente outro órgão de soberania e a interferir no seu principal elemento de trabalho, limitando-o - onde pára a separação de poderes?;


- terceiro, se pretende fazer uso das suas concepções individuais e políticas, então vete a lei do Orçamento (aqui, do ponto de vista jurídico, fazendo uso do art.136º da CRP), coisa que me parece pouco sensata, uma vez que aquando da etapa de promulgação ou veto, já a dita lei terá passado pelo Governo e pela Assembleia - fará sentido o Presidente não aprovar aquilo que foi aprovado por outros dois órgãos soberanos (um dos quais com legitimidade democrática directa)?, e não estará dessa forma o Presidente a limitar outro órgão de soberania? Ainda assim, do ponto de vista jurídico, poderia fazê-lo;


- quarto, é, quanto a mim, realmente infeliz o facto de, no estrangeiro, o nosso Presidente fazer "chamadas de atenção" ao Executivo - não será esta uma forma de exercer maior pressão política?, pensará quem está lá fora que o nosso Executivo é irresponsável e que o Presidente tem de o chamar à atenção, pedir-lhe que seja mais atencioso em certos aspectos?.




- Concluindo, o Presidente da República não tem competência para participar na feitura do Orçamento de Estado, por isso, os seus "pedidos" são irrelevantes do ponto de vista jurídico nesse processo (não vinculam, quanto muito podem ser persuasivos). Não obstante, políticamente estas declarações podem ter algum peso, podendo mesmo pressionar o Executivo e isso vai contra a separação de poderes. Políticamente, estas declarações parecem-me condenáveis - a não repetir!



PS - Atenção, eu não estou aqui a defender que o Presidente não deve ser interventivo. Sou inclusive da opinião que o deve ser, mas de acordo com as suas competências, constitucionalmente tipificadas. Deve vetar políticamente quando o achar conveniente (exige lucidez e responsabilidade), deve fazer uso do seu direito de requerer fiscalização preventiva e abstracta da constitucionalidade (no Tribunal Constitucional), deve promulgar, etc. . Deve também comentar acontecimentos marcantes, deve tranquilizar o país ou alertá-lo, todavia não deve comentar opções que não lhe cabem a ele e não deve "limitar", ainda que apenas políticamente (com comentários ou com o uso irresponsável do veto político), outros órgãos soberanos, a não ser nos moldes constitucionalmente estabelecidos
(concretização do princípio da separação e interdependência de poderes).


LD

sábado, 27 de setembro de 2008

Frase da Semana ( 3º Setembro 2008 )

   Antes de mais, gostaria de pedir as mais sinceras desculpas pelo atraso considerável da minha rubrica semanal. 

   Como é do conhecimento geral, ontem teve lugar o primeiro debate em que os candidatos à presidência dos Estados Unidos da América se encontravam frente-a-frente. O tema principal do debate era "relações externas", tendo sido dito por muitos que o Senador Mccain "jogava em casa". Por outro lado, o debate teve lugar na primeira universidade onde um negro estudou, o que poderia surgir como um factor de motivação para Barak Obama. Este é o contexto onde se deu o excelente debate, que eu confesso, não vi na integra, pois estava muito cansado, após 23 minutos de debate, sobre a ecónomia, sobre as instituições de Wall Street, sobre medidas legislativas relacionadas com a intervenção na ecónomia, temas a cerca dos quais tenho senão uma pequena ideia, fui me deitar exausto, dormindo sobre os lençóis, de tão cansado que me encontrava.

  Sem mais rodeios, parece-me justo apresentar-vos aqui duas frases, uma de cada candidato, que, na minha opinião, estão carregadas de simbolismo.

   Há que dar prioridade aos mais velhos, pelo que aqui vai a frase de McCain:

"Não podemos permitir um segundo holocaustro.".

   Sendo que o senador se explica de seguida :

"A minha leitura da ameaça do Irão é que se o Irão adquirir a arma nuclear, será uma ameaça existencial para Israel e para os outros países da região porque os outros países da região vão sentir-se também obrigados a ter uma.".

   Obama, falando sobre a actual crise financeira disse: "...este é o veredicto final de oito anos de políticas económicas erradas de George W. Bush apoiadas pelo senador McCain.".

  Escolhi esta frase para que se possa discutir toda a governação do presidente Bush, desde o seu início, não só quanto as suas escolhas politicas na economia, mas tambem quanto ao 11 de Setembro, principalmente quanto à reacção encetada por George W. Bush, quais as outras alternativas etc. Explicando também a escolha da frase de McCain, a minha intenção, é que, se discuta agora numa outra direcção, não tendo em vista o passado, mas sim o futuro, pois é realmente uma frase que aponta para o futuro, ao contrário da frase dita pelo Senador Obama.

~André

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mais sobre o atentado ao Hotel Marriot

Conhece-se agora, aquele que poderá ter sido o motivo do atentado ao Hotel Marriot no Paquistão. Inicialmente, como o hotel em questão, é um hotel de luxo, frequentado pela classe alta paquistanesa, julguei que este fosse mais um acto de terrorismo "stritu sensu", ou seja, um ataque cujo objectivo seria levar o pânico à população para fazer valer os seus objectivos políticos, neste caso o alvo seria a classe alta, cujos membros exercem mais influência sobre o poder político (lobby). Pelos vistos estava enganado,segundo declarações de Rehman Malik, conselheiro do Ministério do Interior paquistanês, o governo paquistanês deveria estar a jantar naquele hotel àquela hora. Contudo, julgo que devemos esperar por mais novidades, pois tais declarações foram desmentidas pela direcção do Hotel Marriot, daí que tenha começado a minha exposição com uma expressão hipotética.
~André

domingo, 21 de setembro de 2008

Notícias da Semana - A "Crise"

Li, no Público de Sexta, o seguinte: «João César das Neves, professor da Universidade Católica, acredita que uma intervenção do Governo acaba por "ter mais problemas do que vantagens". O problema, diz o economista, são precisamente os moldes em que essa intervenção poderia ser feita. Fixar preços administrativos, tal como acontece na Madeira, "é a pior solução", assegura [ver quadro feito por mim]. A opção defendida pelo PCP, que afirmou ontem ser a favor desta política, "ainda que transitoriamente", é vista como "péssima para os clientes e para os consumidores", refere João César das Neves. "A retórica a que se assiste de demonizar as petrolíferas, sem fundamento substancial, parece-me uma jogada política pouco séria. Se as empresas são assim tão más devem ser fechadas e os administradores presos", acrescentou.O Executivo tem ainda a opção de reduzir o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), decisão que a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) considera "acertada". O professor da UCP não partilha a mesma opinião, explicando que "só seria solução se as variações [do preço do petróleo] fossem temporárias, mas ninguém sabe se as flutuações são permanentes ou não". No final de contas, uma intervenção do Governo "vai ser necessariamente trapalhona e rígida", sublinha, porque "o Estado não conhece o mercado". A prazo, a interferência prometida por Manuel Pinho "levaria a um sistema petrolífero nacional mais instalado, menos competitivo e mais ineficiente", remata.» (ver: http://ww2.publico.clix.pt/print.aspx?id=1343294&idCanal=undefined)

Julgo não serem necessários grandes comentários, pois o professor João César das Neves explicou com grande clarividência o que havia para explicitar. Não obstante, quero somente deixar clara a minha confiança na "mão invisível" do mercado e como consequência a minha total desaprovação quanto a uma possível intervenção do Estado na economia, neste caso, pois isso traria muitos mais inconvenientes que vantagens.

PS - Como dizia há dias o sr. José Pacheco Pereira, no jornal Público, «A "crise" não é o sinal da crise do liberalismo, mas sim do seu normal funcionamento, em sociedades e economias que incorporam o risco e os custos como parte do seu funcionamento normal, das regras do jogo dessa mão que Adam Smith dizia ser "invisível"». E continua «É o capitalismo cruel? Pois é, como a vida. Só que com uma diferença, os ciclos de equilíbrio e crise que sempre gerou foram aqueles que nos permitiram a enorme revolução da qualidade de vida, que desde o século XIX arrancou milhões e milhões de homens da miséria, primeiro na Europa e na América, depois na Ásia e hoje em particular na China. Obcecados pela nossa "crise", não incorporamos no nosso pensamento sobre o mundo essa verdadeira revolução na vida concreta de centenas de milhões de pessoas que se está a dar na Ásia, exactamente à custa daquilo a que, pejorativamente, chamamos dumping. E depois há uma outra verdade como um punho, que convém atirar para os olhos das sereias: não foi certamente o comunismo que fez esta revolução na vida concreta arrancada da miséria da maioria da humanidade, foi o intelectualmente vilipendiado capitalismo.»...Mais uma vez, não poderia estar mais de acordo.

LD

Notícia da Semana

PS teme uma rebelião na bancada parlamentar, devido ao voto no projecto de lei que visa alterar a lei com o intuito do permitir o casamento entre homosexuais. O PS impôs aos seus deputados disciplina de voto no sentido de votar "não" ao projecto de lei em causa. A direcção do grupo parlamentar afirma que tal matéria não estava no programa eleitoral do Governo, pelo que a questão não foi suficientemente debatida na sociedade para se dar este passo tão importante pela mudança total de paradigma que trará. Uma vez que essa questão não foi debatida aquando das eleições, o grupo parlamentar do PS considera que os seus deputados não têm legitimidade social e política para resolver essa questão, sendo que o "não" permite adiar a questão para as próximas eleições. Alguns deputados do PS afirmam que esta é uma questão de consciência, pelo que se impõe a liberdade de voto. 

Uma vez que não sou jornalista, posso permitir-me a dar a minha opinião, que vai de acordo com o  pensamento da direcção do grupo parlamentar do PS. A alteração da figura jurídica "casamento", que é de extrema importância social, provocará uma mudança enorme no paradigma social em que vivemos, pelo que essa mudança deve ser debatida e acordada por todos, para que se respeite a vontade da maioria, isso é o que se faz, na minha opinião,no seio de uma democracia saudável. Penso que, o BE em vez de fazer este projecto de lei covarde, que apenas serve para ganhar simpatias para as eleições, correndo o risco de a proposta ser aprovada na AR sem haver certeza sobre a real vontade do povo português, que é soberano. Pois se o BE está tão convencido que é essa a vontade do povo português, então deveria introduzir essa questão na campanha eleitoral nas próximas legislativas, para que o povo português tenha oportunidade de munir os seus deputados de um mandato que lhes permita votar "sim" ou "não", com a certeza de que o estão a fazer representativamente. Não quero com isto dizer que sou contra ou a favor do casamento homossexual, mas devo partilhar convosco que me assusta bastante ver os deputados da AR, que estão lá para me representar, votar e decidir numa questão que tem tanto que ver com a minha vida e com os meus planos de futuro, sem que a mesma passe pelo meu escrutínio. Isto não é Democracia, isto é manipular o povo com jogos políticos, pois o BE ganha cada vez mais apoio graças ao seu espírito inovador, pena que queira inovar desrespeitando o princípio da soberania popular, base da Democracia. Não quero eu com isto dizer, que os deputados só possam deliberar sobre as questões discutidas na campanha eleitoral, não quero que andem com um bloco de notas com uma lista das matérias em que podem deliberar e posteriormente, quando finda essa lista, vão perguntar ao povo o que fazer, mas nem todas as matérias são qualitativamente iguais, isso será pois fácil de perceber, existem grandes temas da política nacional, para os quais se deve consultar o povo, o referendo seria uma boa opção, embora noutro timing, ou então proponho que discuta essa questão nas próximas legislativas, tal como o PS se propôs  a fazer um referendo para mudar a lei sobre o aborto e ganhou com maioria absoluta, tal poderia acontecer com outro partido, ou o mesmo, que prometesse mudar a lei do casamento, o tal art. do código cívil, ou então a convocar um referendo, para que o povo saíba no que vota e para que vota, tendo assim algo a dizer nas grandes opções nacionais cuja avaliação está ao alcance do povo, pois ao contrário das opções legislativas, em sentido técnico-jurídico, ou as opções económicas, que são demasiado complicadas para que o povo consiga reflectir sem ser manipulado pelos líderes da oposição e governo, esta é uma questão de caríz pessoal,ou seja, tem a ver com a consciência de cada um.

~André

sábado, 20 de setembro de 2008

I Believe I Can Fly (III) by LD




Li no Público de Sexta (http://jornal.publico.clix.pt/magoo/noticias.asp?a=2008&m=09&d=19&uid=&id=276501&sid=55185a=2008&m=09&d=19&uid=&id=276501&sid=55185) que o candidato republicano John McCain afirmou que caso seja eleito não se reunirá com o primeiro-ministro espanhol Rodriguez Zapatero. Porquê?! perguntam vocês. Porque pelos vistos para McCain, o congénere espanhol de Sócrates não partilha dos mesmos princípios que os EUA ("direitos humanos, democracia e liberdade"). Como é óbvio, esta declaração causou enorme polémica, mas McCain reafirmou a sua intenção. Há quem diga que McCain confundiu Zapatero com um qualquer líder sul-americano "anti-EUA", mas a confirmação parece deixar claro que ele sabia a quem se estava a referir. Não sendo dia 1 de Abril, só posso crer que se trata de uma verdadeira notícia.



PS - O sr. McCain esquece-se é do constante desrespeito norte-americano pelos direitos humanos, por vezes até mesmo em missões que visavam combater os "malvados" que não respeitam os direitos do Homem. Esquece-se também que democracia nem sempre tem sido a palavra que melhor descreve os regimes que eles "financiaram" ao longo de décadas. Esquece-se ainda que com NSA's, CIA's, FBI's, etc., e as tecnologias "big brother", a liberdade talvez não seja assim tanta entre portas...Ah e esquece-se por fim, que Zapatero é primeiro-ministro de Espanha, um país que se pauta pelos ideias democráticos e liberais. Talvez pense que em Espanha ainda manda o General Franco (será ainda mais conservador que eu pensava?!). Mais uma declaração exemplificativa do que nos (Mundo) espera se os republicanos ganharem a corrida à Casa Branca. E tenho dito...




LD

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sabia que...

Sabia que Portugal é, segundo um relatório do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM), o sexto país com menor diferença salarial entre sexos (9%). O país com a menor diferença é a Malta (3%). Porém, em questões relacionadas com a participação política efectiva das mulheres e o papel sindical delas (por exemplo), Portugal já não apresenta índices tão positivos... Igualdade, acima de tudo!
LD

Como diria alguém que ainda não conheço "são momentos"...



quinta-feira, 18 de setembro de 2008

AJUDE-NOS A MELHORAR - INQUÉRITO

Caros visitantes, antes de mais gostaria de agradecer-vos por se manterem fiéis ao nosso blog, isso para nós tem sido muito importante.
Todos nós achamos muito relevante saber quais as vossas preferências e qual a vossa opinião relativamente ao nosso blog. Vai daí criámos um inquérito muito simples, com apenas dez perguntas também elas sem qualquer complexidade.
Nós queremos ser melhores! A medida do nosso sucesso depende quase exclusivamente do vosso feedback. Como tal, gostaríamos de vos pedir que colaborassem connosco e preenchessem o inquérito. Só assim podemos melhorar.
Basta clickarem em VIEW SURVEY, na coluna do lado direito, ou aqui.
Obrigado pela vossa disponibilidade!
Um bem haja de toda a equipa do FreedmenTimes!
LD
Sr. Próprio
André
Nazaré
António

Sabia que...

Sabia que, segundo um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), em Portugal cerca de 60% da mão-de-obra não tem qualquer formação específica?! E , no grupo de 27 países da OCDE, somos somente melhores que a Turquia (64%).Este é talvez um dos factores que mais pesa para a nossa falta de produtividade. Não o único, mas um dos que mais pesa...


(em mais detalhe, ver: http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1342106&idCanal=57).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mais vale um risco, do que nao arriscar!


By:SrProprio

Ou te calas, ou entao nao digas nada...obrigado




By:SrProprio

Coisas que nao se vêem




By:SrProprio

Frase da Semana ( 2º Setembro 2008 )

Passada mais uma semana, aqui estou eu de volta para vos brindar com mais uma frase. Devo confessar que a busca não foi fácil, contudo, de entre várias opções escolhi a que me parece mais polémica. Sem mais rodeios, aqui vai: 

"Obama como símbolo de ultrapassagem da questão racial não interessa nada."

Obviamente o autor desta afirmação clarifica a sua ideia de seguida: 

" A questão está resolvida nos Estados Unidos e os grandes marcos dessa tradição até são republicanos. Como Yves Roucaute recordava há duas semanas (Figaro, 4.9.08), o partido republicano foi criado por Abraham Lincoln contra o partido democrata esclavagista; o voto aos negros foi dado pelo republicano Ulisses Grant em 1870, e não pelo democrata que o antecedeu, Andrew Johnson; o partido democrata só começou a aceitar a igualdade de direitos em 1961; a primeira nomeação de afro-americanos para cargos como o de chefe de Estado-maior e o de secretário de Estado foi feita pelo republicano George W. Bush."

Independentemente dos factos que levam o autor da afirmação, Vasco Graça Moura, a pensar dessa forma, vejo-me forçado a discordar. Não me parece correcto ignorar todo o simbolismo que a eleição de um negro como Presidente dos EUA teria apenas porque os negros já não são escravos há muito tempo, é certo que Obama não é um Martin Luther King, é certo que não é nenhum messias, tal qual o Salvador Jesus Cristo, que vem salvar os negros da opressão branca. Porém, a vitória de Obama será a prova de que os americanos não têm problemas em confiar o poder a uma pessoa negra, o voto de cada um representará um pequeno deposito individual de confiança na competência e nos ideais de Obama, o que não acontece com os outros negros que foram nomeados por Bush, não existe o apoio das massas, trata-se apenas do reconhecimento da qualidade desses senhores pelos seus pares, incomparável a uma vitória de Obama que arquivaria para sempre o processo da discriminação racial nos Estados Unidos.

Source : [http://dn.sapo.pt/2008/09/17/opiniao/felizmente.html]

~André

domingo, 14 de setembro de 2008

Notícias da semana- Rádios dos snipers falharam no sequestro do BES, In Sábado





Foi á cerca de 30 minutos que fui a um hipermercado para adquirir alguns bens de primeira necessidade quando, como já é habitual, passei pela secção de leitura e revistas e me deparei com uma capa preta, com letras gordas e grandes dizendo:"A VIDA DOS PRESOS MAIS PERIGOSOS DE PORTUGAL". Quem me conhece bem e conhece a minha postura mais madura e mais virada para a actualidade sabe á partida que teria obrigatoriamente que pegar nesta revista. Qual é o espanto quando, mesmo antes de ir a procura da grande reportagem olho para o canto inferior esquerdo desta capa apelativa e consigo ler o seguinte:"Relatório Confidencial -Rádios dos snipers falharam no sequestro do BES".Fiquei espantado, sem reacção, contrariamente ao que seria de esperar de uma pessoa sem reacção, tentei encontrar o artigo referido o mais depressa possível e imediatamente fiquei imobilizado naquele hipermercado, devorando cada caracter daquele artigo!
Através da interpretação que fiz do artigo pude chegar rapidamente a uma conclusão...o GOE não falhou! Apesar de não ser muito vasto o leque de pessoas que sabe o que é o GOE (grupo de operações especiais da P.S.P.) convem que se tenha presente que o GOE está no top mundial das forças especiais, treinando este grupo com as duas melhores forças especiais existentes, a SWAT e os BOPE! Existem três condicionantes que impedem o GOE de superar a SWAT ou os BOPE sendo elas a frequência de acção (este factor reverte completamente a favor dos BOPE), os meios disponíveis (esta foi a grande condicionante que me leva a escrever hoje sobre esta notícia!) e a constituição dos diferentes paises aos quais pertencem estas unidades especiais (GOE pertence a Portugal, BOPE ao Brasil e a SWAT aos E.U.A).
Voltemos então ao assunto que defendi anteriormente, o GOE não falhou! E questionam-se vocês...mas que raio, se o Sr. Oliveira Pereira (actual director nacional da PSP) garantiu que foi a melhor prestação de sempre do GOE e que foi um "abre-olhos" para o povo português ver que que a policia não esta adormecida, porque raio esta este individuo a dizer o contrario? A resposta é simples, de facto, foi mesmo um "abre-olhos" para o povo português porque toda a gente duvida do potencial da PSP, mas o que toda a gente se esquece é que estes nossos protectores podem acabar com a sua carreira se dispararem sobre um criminoso para proteger um inocente! Gosto de me relembrar de uma frase proferida por um amigo meu que esta actualmente no CI (corpo de intervenção) quando oiço dizer aquele tipo de coisas. Quando treinávamos os dois e debatíamos o assunto ele disse-me" João toda a gente diz que a PSP não manda nada e tem medo de entrar e não entra mesmo nos bairros problemáticos, mas eu digo-te uma coisa...nós entramos onde queremos e quando queremos, quem está por fora é que não tem noção clara do que é uma unidade especial como os GOE ou o CI a actuarem, nós somos do pior e só queremos as coisas organizadas e sem distúrbios!
Caros cidadãos, isto é verdade, como se pode constatar logo a vaga de assaltos na grande Lisboa, em que foram feitas rusgas e é curioso, como parecia que a PSP sabia o que procurar e ONDE procurar! O que falta as nossas forças são meios e condições e foi precisamente por uma avaria nos transmissores dos snipers que a operação não foi a 100%, porque em termos estratégicos, acreditem amigos, o GOE estava fortemente posicionado e com capacidade para fazer duas linhas de fogo para cada um dos assaltantes! Eram quatro os snipers que aguardavam pela ordem de disparo, ordem esta que devido á pobre qualidade dos meios só foi escutada por um dos atiradores que de imediato reagiu, colocando perfeitamente uma bala no crânio de Nilton de Souza! O objectivo era neutralizar de imediato os dois suspeitos, operação que ficara condicionada devido à avaria radiofónica que fizera então que os elementos de assalto do GOE (os que entram e têm como objectivo restabelecer a ordem no minimo espaço de tempo possível...) agissem de imediato neutralizando posteriormente Wellington Nazaré. Foi sorte Wellington não ter disparado sobre nenhum dos reféns antes da equipa de assalto tomar posse das instalações!
A capa da revista pode ser mais detalhadamente consultada em http://www.sabado.xl.pt/#com e podem até comentar o artigo no site fornecido, mas como é claro, nos do freedmen times agradeceríamos imenso os vossos comentários aqui no nosso blogue!

Abracos,

João Nazaré

Notícias da semana

[http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1013067]

Mais um ano lectivo começou e saíram já os resultados das candidaturas da 1ª fase. O balanço parece-me claramente positivo, entraram mais alunos, as vagas aumentaram também. As notas mantêm-se elevadas, reparem que medicina, preencheu todas as vagas destinadas aos candidatos da 1ª fase, o que não aconteceu o ano passado na Universidade (Clássica) de Lisboa, sendo que o último candidato entrou com 14 e não se chegaram a preencher todas as vagas. Mas pouco há a dizer sobre a notícia, os números são números, frios e exactos como sempre, embora a sua apreciação possa ser parcial. O número de estudantes que entraram subiu 3%, as notas mais baixas foram superiores aos anos transactos, o que pode ser explicado por vários factores, nomeadamente o menor grau de dificuldade dos exames nacionais, mas como se costuma dizer, esses são iguais para todos, no entanto, essa expressão pode esconder uma certa injustiça, para com aqueles que não entraram no ano passado nas universidades que desejavam, tendo ingressado na sua 2ª ou 3ª opção, não optando por esperar mais uma ano, pois este facilitismo a nível dos exames nacionais não era expectável. Contudo, não há que esquecer que este ano os exames de 11º avaliaram matérias de 10/11º o que já acontecia antes, mas os exames de 12º desta vez, avaliavam a matéria leccionada nos últimos 3 anos.

Queria ainda comentar a seguinte frase: "O Ministério esclarece ainda que mais de metade dos candidatos (53%) conseguiu entrar na sua primeira opção."; Parece-me pois um erro considerar este número positivo, pois temos de ter em conta que, quase metade dos candidatos viu os seus sonhos desfeitos, e ingressou numa opção talvez mais longe, ou que, em suma, não era do seu agrado, ou pelo menos, não tanto como a primeira. Como disse à pouco, os números são frios, mas a forma como os apreciamos pode variar, eu admito ter uma visão pessimista em relação a estes. Todavia, uma vez que não tenho presentes os dados dos anos transactos não me vou alargar mais.

Como podem ver a notícia é bastante simples, mas tem vários assuntos nela subrepctíciamente integrados, que não podemos esquecer, não nos deslumbremos com os números, mas queria congratular todos aqueles que conseguiram entrar no ensino superior e viram o seu esforço premiado, alguns quiçá entraram na FD UNL e serão nossos colegas, que lerão isto posteriormente, depois de serem bem prachados e, se tornarem nossos amigos, sendo depois convidados a participar aqui pelo Luís =P

~André

aditamento: Não esquecer ainda que os alunos, este ano, podiam em muitas faculdades, nomeadamente na FDUNL que frequento, candidatar-se apenas com uma especifica, entre filosofica, português ou história, ou seja , com o seu melhor exame destes 3, ao invés do ano transacto , onde tinhamos de nos candidatar obrigatóriamente com Português e História, ou seja, os exames para além de serem mais fáceis,os alunos têm ainda maior margem de erro, pois podem fazer 2 maus exames, com consequências menores do que no ano passado. Com isto tudo, nao quero dizer que sou contra a mudança, o problema é que na minha opinião, estas mudanças não surgiram do facto de o gov se ter apercebido que as exigências eram demasiado elevadas, mas sim porque o gov quis melhorar os resultados obtidos pelos alunos para depois obter estatísticas que lhe são favoráveis e, depois os portugueses ouvirem nas notícias que tivemos dos melhores resultados nos exames de Matemática em comparação com outros países da Europa.

Notícias da Semana - Sarah Palin

Recentemente, a sra. Sarah Palin, vice-presidente da campanha de John McCain nas eleições norte-americanas, deu uma entrevista ao canal televisivo ABC (a primeira enquanto vice-presidente). Nessa entrevista a sra. Palin afirmou-se defensora da inclusão da Ucrânia e da Geórgia na NATO, mesmo sabendo que o sr. Putin e o sr. Medvedev não aceitariam isso às boas. [Até ai nada de escabroso.] Tendo em conta essa possível adesão à NATO e , nesse contexto, uma possível invasão por parte da Rússia, nomeadamente à Geórgia, a sra. Palin admitiu que poderia ser declarada guerra à Rússia. A sra. Sarah Palin é constantemente atacada pela sua reduzida experiência quanto a assuntos de política e diplomacia externas. Declarações como esta comprovam-no. Não só a sra. Sarah demonstra consciência leviana, como também uma visão conservadora do mundo e das relações internacionais (típico dos "novos" republicanos). O mundo já não vive "chocalhado" entre duas superpotências, nem num quase unipolarismo americano...agora a multipolaridade é o que melhor descreve este mundo. Uma guerra entre E.U.A. e Rússia não é desejo que se tenha! O caminho da diplomacia ainda vai dando boas cartas...


Apesar de tudo, com a Rússia a apoiar dementes como o sr. Hugo Chavez, Presidente da Venezuela (ver http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1012685), numa "campanha anti-Estados Unidos da América", o orgulho americano ansiará por políticas externas agressivas (para mostrar quem são afinal os americanos...) e dessa forma, por mais frases infelizes que a sra. Palin profira, os republicanos saem fortemente favorecidos (com a sua visão conservadora e habitual [pelo menos ultimamente] insensibilidade na política externa). A "cegueira" (orgulho a mais...) "repúblico-americana" parece voltar a ganhar adeptos. Manter-se-ão posições! Se isso se mostrar verdade em Novembro próximo, sempre quero ver como a opinião pública mundial vai relembrar declarações como esta da sra. Palin. Pela minha parte, espero sinceramente que tudo não passe de uma urdidura sem sucesso! Precisamos de uns EUA renovados, precisamos de novas visões, horizontes mais largos! O globo exige mudança! Por isso o meu candidato é, necessariamente, o democrata Barack Obama!

PS - neste texto, ao falar nos republicanos (aparentemente no geral), refiro-me sobretudo à nova geração repúblicana, excessivamente conservadora e "cega" de orgulho, até porque existiram óptimos Presidentes republicanos de largos horizontes e com bastante tacto (Lincoln, Roosevelt, Ronald Reagan, por exemplo). Como tal, seria injusto generalizar os qualificativos, pois "cada um é como cada qual".

(ver: http://br.youtube.com/watch?v=3ALsjhDDdaA [PARTE 1_10:31] e http://br.youtube.com/watch?v=K-5Y8ufS9kc [PARTE 2_02:43]).


LD

sábado, 13 de setembro de 2008

I Believe I Can FLy (II) by LD


Li a semana passada este artigo do Público (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341299&idCanal=58) e lembro-me do barulho que foi feito na altura pelos sindicatos. Ora, na verdade, a sr. ministra da educação mais não podia fazer. Só podia ser contratado o número de docentes que as escolas necessitavam. A ministra não podia, nesta conjuntura, fazer mais. Infelizmente nem todos os que terminam um curso universitário têm emprego garantido. Se só são necessários 10, não podemos contratar 200. Deve ser frustrante, mas a realidade é esta.

Ainda assim, li noutro artigo mais recente (ver: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1011181 e ainda a fonte oficial: http://www.oecd.org/dataoecd/55/14/41251670.xls) que Portugal tem em média (dos quatros estágios de ensino: pré-primário, primário,secundário e universitário) um professor para cada 12 alunos (11,75), todavia as turmas, em Portugal, têm em média 20/21 alunos.Tudo isto segundo um estudo da OCDE. Ora, "a bota não bate com a perdigota". O que isto parece evidenciar é que há espaço de manobra para ser feita uma reestruturação das turmas (14/15 alunos seria, na minha opinião, o ideal) a nível nacional e desta feita mais professores poderiam ser contratados. Resta é saber se o orçamento do ministério da educação resistiria a tais reformas (para além dos salários dos novos professores contratados, gastos em infra-estruturas [leia-se mais salas, se necessário] para acolher as novas turmas).

No mesmo artigo, e ainda segundo o mesmo estudo da OCDE, está escrito que pese embora o facto «de Portugal ser um dos países do estudo com menor Produto Interno Bruto(PIB) "per capita", os salários dos professores estão ao nível de países com um PIB "per capita" bastante superior"». Portugal ocupa mesmo, em termos de PIB per capita, o 27º lugar numa lista de 36 países estudados. Já os salários de topo de carreira são mesmo dos mais elevados dos países estudados, 8º mais elevado quanto aos professores do ensino primário, 9º para os do ensino secundário e 13º para os da formação pós-secundária.

Desta feita, existindo uma grande oferta de trabalho (profissionais da educação que oferecem os seus serviços), mas existindo também um elevado nível de salários, fixo e "protegido" pelos sindicatos, a procura (entidades patronais) quase de certeza não satisfará a oferta, não só porque a oferta é enorme, como também porque necessariamente os sindicatos "protegem" salários acima do equilíbrio de mercado e isso impede a contratação de mais profissionais. Ou seja, menos professores são contratados, mas os que o são recebem acima do equilíbrio de mercado. Já se o papel dos sindicatos não fosse tão relevante, por hipótese, teríamos uma situação de mais emprego, apesar de piores salários. Não quero com isto dizer que os sindicatos não são importantes, eles tiveram/têm efectivamente grande importância na conquista e defesa de alguns direitos dos trabalhadores. Mesmo assim, há que contudo repensar o seu papel actual e a sua excessiva importância em alguns casos.

Concluindo, um elevado nível de salários leva a que o Estado não possa contratar mais professores e leva por sua vez a que a tal reforma (turmas menores, mais professores, melhor aprendizagem) não possa ser levada a cabo. Talvez uma maior fatia do orçamento de Estado canalizada para a educação também (não unicamente) ajudasse a resolver algumas coisas...



PS - atenção, o desemprego nunca pode ser eliminado totalmente, até porque existe o desemprego friccional, i.e., tendo em conta o dinamismo natural de uma economia e do seu mercado - novos postos de emprego são criados, outros são eliminados, entram trabalhadores, saem trabalhadores - é sabido que para um indivíduo encontrar uma entidade patronal com a qual seja "compatível" é necessário tempo, durante esse período o indivíduo encontra-se na situação de desemprego.





LD

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Exercicio Fisico, "Uma faca de dois gumes!"



Ora então muito boas noites caros leitores!
Este é o meu primeiro post neste blog do qual faço parte da equipa de administradores, o meu nome é João Nazaré, tenho 18 anos (fresquinhos, diga-se de passagem) e sou Instrutor de cardiofitness e Musculação, ou por outras palavras...o rapaz que anda com uma t-shirt com um estampado em letras Arial a dizer " Instrutor", fui formado por uma empresa privada na Universidade Lusofona em Lisboa e decidi aceitar a proposta do meu grande amigo Luis por dois grandes motivos...o primeiro por ser uma pessoa única, espetacular mesmo e que nunca mas nunca me faltou em rigorosamente nada do que necessitei da sua parte e porque sei que é necessário difundir a prática de uma actividade que remonta aos primordios das nossas civilizações actuais, o exercício fisico!
O tema sobre o qual me debruço nesta minha primeira intervenção no blogue é o exercicio físico como uma actividade de duas caras completamente opostas!
É sabido pela maioria das pessoas que devem possuir um nivel de actividade fisica moderado a alto com vista a prolongar o bem-estar tipico da juventude e a tornar-nos mais fortes contra as fraquezas provocadas pelo stress, pela irritabilidade, pela rotina do quotidiano ou ate mesmo para o tratamento de algumas patologias diagnosticadas. O que infelizmente já não é tão conhecido é o perigo que o treino excessivo representa para a nossa saúde. O treino excessivo é normalmente diagnosticado em individuos que pretendem atingir resultados muito especificos, ou possuem metas muito deliniadas mas que devido á incompetência dos intrutores dos ginasios ou muitas das vezes devido ao pensamento obcessivo que existe não sabem qual o melhor caminho para ir de encontro a esses objectivos tão especificos. Convém aqui realçar que esta situação é mais registada em épocas sazonais(naquele tempinho agradavel de Verão em que todas as pessoas têm o sonho de ir com um corpo atletico para mostrar e todo e qualquer utente da praia...).
Então, todo e qualquer praticante de exercicio fisico deve ter noção que, cada corpo é um corpo e o treino daquele amigo que treina bastante bem e que tem umas curvas bem deliniadas pode não ser certamente o mais aconselhado para nós, a não ser que procuremos lesões graves ou umas semanas sem poder treinar devido ao excesso de carga fisiológica para o nosso organismo,se queremos atingir objectivos muito especificos devemos sempre procurar a ajuda de um profissional qualificado que nos preste um bom serviço e nos conduza da melhor forma possivel aos nossos objectivos, que exercicio fisico não é sinónimo de dor muscular, isto porque muitas vezes o exercicio fisico é sim utilizado para melhorar o colestrol, baixar a pressão arterial, prevenir doenças cardiovasculares e isto são factores bastante importantes que não se veem ao espelho e por isso mesmo existe por vezes a tendência em fazer mais do que conseguimos, atitude esta que nos conduz a um estado de "overtraining", o que é bastante condenavel, pois hoje em dia, toda agente tem um amigo que é instrutor, ou um amigo de um amigo, ou ja ouviu falar de um determinado sitio na internet com bons conselhos, etc! Em publicações mensais existem as revitas, como a Men´s Health que possui optimos conselhos dados por colegas meus que possuem muito mais que o triplo da minha experiência...( sim, os conselhos desta revista são de facto bons e dados por excelentes profissionais, pena é por vezes existir o factor vendas o que leva a que alguns artigos possam de ser maneira apresentar-se um pouco imcompletos para o atleta menos experiente.
Com este primeiro post o meu objectivo é elucidar-vos, caros leitores, para a relação risco/beneficio existente aquando da prática de exercicio fisico.
Quero então deixar bem presente que daqui para frente farei sempre artigos mais praticos e que possam ser utilizados para todos aqueles que já não passam sem se exercitarem, mas como é sabido, tudo tem que ter um inicio, e estee artigo que vos escrevi aqui hoje, é parte inteegrante de uma pequena conversa que tenho sempre com os meus clientes antes de começarem um programa de exercicio fisico, pois neste mundo a paciência é uma maxima!


P-s: gostava so de pedir as mais sinceras desculpas pelo meu atraso mas da-se que possuo um ritmo de vida bastante intenso(o Luis sabe;)) e por vezes é nestes espaços assim que eu consigo realizar a tarefa para a qual fui convidado!


LHC (Large Hadron Collider)

O que surgiu logo após o Big-Bang, de onde viemos, como tudo surgiu, porque existe mais matéria do que anti-matéria...estas e tantas outras perguntas fulcrais podem ser dentro de pouco tempo parcial ou totalmente respondidas. Podemos estar a um passo de saber a resposta a perguntas que motivaram o debate intelectual e filosófico durante séculos.
Por isso, esta é possivelmente a experiência do século. Como tal, não poderiamos deixar de, no nosso blog, fazer referência a ela. Aqui deixamos três vídeos que ajudam a perceber melhor o que é o LHC, quais os objectivos por detrás desta experiência memorável e até quais os possíveis perigos dela (buraco negro!). Aconselhamos vivamente o visionamento destes vídeos, até porque se trata de um tema actual e de grande importância para a humanidade. Esperamos que seja do vosso agrado.

1ªPARTE

http://br.youtube.com/watch?v=_fJ6PMfnz2E


2ªPARTE

http://br.youtube.com/watch?v=MQNPpeVvZ9w

3ªPARTE

http://br.youtube.com/watch?v=_XbKZwXK-3c


LD

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Hoje é dia 11 de Setembro!



Foi mais ou menos a esta hora que se iniciaram os ataques ao World Trade Center. Faz hoje sete anos!
Na altura pensei tratar-se de um qualquer novo filme que os norte-americanos iriam realizar, algo bastante arrojado. Só depois percebi que não era um filme, era real! Lembro-me de quase gritar quando o segundo avião embateu na torre. Este foi um dia que me marcou para o resto da vida, sendo somente espectador (a milhares de quilómetros). Não imagino a dor daqueles que assistiram lá ou que vivem hoje com as perdas da catástrofe. Tantos morreram, tantas famílias choraram!
Por tudo isso, gostaria somente de deixar esta singela homenagem a todos os que lá estiveram e viveram aquela catástrofe e àqueles que ainda hoje lidam com ela!

1 minuto de silêncio por favor...

Filipinas terapia da dança



Chamaram-lhe a terapia da dança, passa-se nas filipinas num país onde a violência nas prisões passa os recordes mundiais, e onde um director inverteu a situação com a dança, são mais de 1500, a teoria é que em vez de estar a olhar para o ar sem fazer nada ha procura de problemas estes prisioneiros estão ocupados 4 horas por dia a dançar, há quem diga que é loucura outros que os efeitos são fantásticos, a verdade, é que especialista americanos e ate europeus se interessaram pelo assunto, espero que gostem, não é nenhum reality show nem é uma montagem, é mesmo verídico o resto fica ao vosso critério espero que gostem...


http://br.youtube.com/watch?v=wAjItY7X0Yc



BY:Sr.Proprio

E Se branca de neve tivesse lavado a maça antes de a provar?







BY:SrProprio

E se tudo o que o Rei Midas tocasse se transformasse em prata em vez de ser em ouro!?




By:SrProprio


Ao leitor

Caro leitor

Espero que esteja satisfeito com o meu desempenho nos últimos tempos, fiz os possíveis com o tempo que tinha e com as paixões que me prendiam mais a atenção.
È de facto necessário referir que tanto a escrita como a fotografia são hobby de carácter compulsiva, e quanto a isso nada posso fazer não podendo garantir o meu post semana…
Desde modo, e tendo sido no nosso blog traçados novos objectivos e novas obrigações, também eu, me vou perder em novas gamas de pensamentos, tentando por isso apresentar assuntos de carácter diferente, digamos curiosidades, coisas que se passam no mundo e que se ouve pouco falar, situações das quais podemos repor parâmetros anteriormente definidos em causa permitindo assim a evolução, pois a meu ver só a diferença é que no permite impulsão...
Vou ficar por aqui, espero que tenham entendido, caso não vem ai um exemplo pratico, chamaram-lhe a terapia da dança, mais nao digo...


By: Sr.Proprio

Frase da Semana ( 1ª Setembro 2008 )

Quando pensei em criar este espaço, seria como o Luís mencionou, para vos presentear com o meu espirito crítico, no entanto pensei dar a este espaço uma dinâmica maior e não fazer disto uma espécie de "tesourinho deprimente". 

Para primeira frase deste espaço tive várias ideias em mente, a primeira das quais foi a reação de Mário Lino às primeiras medalhas de ouro nos jogos paralímpicos de Pequim, mas mesmo no último minuto decidi fazer uma pesquisa maior e, encontrei uma frase que, no meu entender, merece ser  a frase de abertura deste espaço. João Paulo Fernandes é BICAMPEÃO Olímpico de Boccia e a seguinte frase é proferida pelo protagonista após a sua última vitória:

 "Hoje alcancei o meu objectivo. Aqui, cada jogo foi uma batalha, mas consegui. Não há palavras para descrever o que sinto"

Gostava de felicitar também António Marques que ganhou a medalha de prata!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Notícias da Semana (Reparo)

Caros visitantes, após um esclarecimento de dois amigos (André e Marta), cheguei à conclusão que a minha questão acerca da legalidade do cartão electrónico como única alternativa de pagamento nas escolas não tem razão de ser, posto que os cartões de débito são também eles moeda ("moeda bancária").
Ainda assim, por questões de pragmatismo continuo a questionar se a solução "cartão electrónico = único meio de pagamento possível nas escolas" será vantajosa.
Não obstante, não querendo repetir-me, o cartão é deveras vantajoso nos mais diversos aspectos tal como o frisei no espaço próprio.

Um bem haja.

LD

Eleições em Angola e estado da Democracia angolana

Antes de mais, peço desculpa pelo atraso, pois este post está a ser feito na madrugada de domingo para segunda-feira, quando deveria ter sido feito durante o dia de Domingo.

Está a decorrer neste momento a contagem dos votos em Angola, sendo que o partido que se encontra no poder, MPLA, regista um resultado acima dos 80%, contudo as eleições não se resumem apenas aos números, sendo importante realçar vários aspectos:

-Antes do acto eleitoral em si, vem a campanha eleitoral, onde é de realçar o ambiente de paz que acompanhou e precedeu o acto eleitoral, permitindo a expressão livre de ideias, tentando dignificar a imagem da jovem democracia angolana, com uma atitude notável de civismo por parte dos protagonistas
- No entanto, expressão livre de ideias não é sinónimo de debate, elemento fundamental numa Democracia, desta feita, algumas personalidades, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa apontaram a falta de debate e confronto directo de ideias como um aspecto bastante negativo destas eleições. Outro aspecto bastante negativo foi a usurpação do direito de antena pelo partido do poder, o MPLA, que beneficiou da existência de meios de comunicação extremamente dependentes do Estado para passar a sua mensagem em detrimento da mensagem da oposição, que não teve assim as mesmas oportunidades.
-Quanto ao acto eleitoral em si, é de realçar a inexistência do recurso à força com o intuito de influenciar as intenções de voto, ao contrário do sucedido em plena Europa na Ucrânia, o que é bastante positivo, tendo em conta a “juventude” da democracia angolana” e a infeliz tradição de farsas eleitorais no continente africano.  
-Contudo, não se pode desvalorizar vários incidentes ocorridos durante o acto eleitoral, nomeadamente anomalias com os cadernos eleitorais, urnas que andaram a “passear” chegando atrasadas, o incumprimento do calendário proposto, o facto de os eleitores disporem de total liberdade para escolher os distritos de voto. Tais incidentes foram de tal forma graves em Luanda, capital de Angola, onde se encontram, tanto quanto sei, 2 dos 8 milhões de eleitores angolanos. De facto, as 9 da manhã a chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, declarou que as eleições estavam a ser um prefeito desastre. Todos estes incidentes levam a que a UNITA, o principal partido da oposição e, até ver, grande derrotado nestas eleições, peça a impugnação das eleições em Luanda. Todavia, algumas entidades fiscalizadoras vêm desvalorizar a situação e tentar acalmar o alarmismo que de certa forma se levanta sempre que se falam em manipulação de eleições, especialmente no continente africano, sendo de registar as seguintes declarações de Leonardo Simão, chefe da missão da CPLP, "As eleições foram livres, justas e transparentes, pese embora a existência de anomalias de origem técnica sem influência no resultado "; missão da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) declarou as eleições "livres e credíveis" . Espera-se agora com grande expectativa pelo comunicado final da Missão de Observação Eleitoral da UE que no entanto, já veio dar o "dito pelo não dito" afirmando que quando se falou em desastre, tal expressão dizia apenas respeito aos locais visitados e não a todo o sistema eleitoral.

~André

Links 

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341917&idCanal=11

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341912

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341911

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1010241

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1010054

http://causa-nossa.blogspot.com/

http://diario.iol.pt/internacional/angola-eleicoes/988123-4073.html

domingo, 7 de setembro de 2008

Notícias da Semana

Era suposto apresentarmos hoje uma notícia que marcou a semana, mas dada a relevância que a seguinte notícia me parece ter e dado o facto de já ter saido há algum tempo, decidi que o melhor seria publicar agora o meu comentário a ela.

Li há uns dias uma notícia acerca da generalização do cartão electrónico nas escolas portuguesas (http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=54FBF014E64836EBE04400144F16FAAE&opsel=1&channelid=0).
Ora, estou perfeitamente de acordo com essa iniciativa, uma vez que "a criação de condições adequadas à segurança da população escolar e dos bens instalados nas diversas escolas é, pois, indispensável para se alcançar o sucesso educativo dos alunos, bem como os desenvolvimentos pessoal e profissional da restante comunidade educativa" (in Resolução do Conselho de Ministros n.º 124/2008, D.R. n.º 161, Série I de 2008-08-21 _ ver http://dre.pt/pdf1sdip/2008/08/16100/0584105841.PDF) e ainda porque contribui para a modernização tecnológica do ensino em Portugal. Não haja dúvidas de que isso só favorecerá aqueles que mais interessam - os alunos. Não obstante, houve algo que me chamou a atenção nesta notícia. Nela estava escrito que o cartão permitiria "suprimir a circulação de dinheiro no recinto escolar". Fiquei na dúdiva, pois tantas vezes os Media portugueses extrapulam (diria adulteram) realidades, e fui em busca de confirmação na Resolução de Ministros atrás citada. O mais estranho foi que obtive efectiva confirmação ("permitir, entre outros aspectos, a supressão da circulação de numerário" in Resolução do Conselho de Ministros n.º 124/2008, D.R. n.º 161, Série I de 2008-08-21 _ ver http://dre.pt/pdf1sdip/2008/08/16100/0584105841.PDF) . Pois bem, sendo a moeda ou dinheiro um meio de troca generalizadamente aceite, tal que vários têm sido os processos ganhos em tribunal contra a EMEL por os parquimetros não aceitarem notas, como se pretende suprimir a circulação de moeda nas escolas?! Não será isso ilegal?! Parece-me bem que sim. Como tal, este cartão deveria ser somente uma possível alternativa à moeda (ou se paga com moeda ou com o cartão electrónico) e não a única alternativa de pagamento nas escolas (situação que sei existir, por experiência). Como se explica que um aluno que tenha perdido o seu cartão seja privado de tomar o pequeno-almoço ou o almoço por não poder pagar as refeições com moeda?! Existem os cartões provisórios ou até a segunda via do cartão dir-me-ão. Contudo não se me assemelha justo o facto de o aluno ter de pagar um novo cartão porque a escola não aceita moeda. Nem é justo nem se me assemelha legal, afinal a moeda é um meio de troca generalizadamente aceite.


Apresentação

Comecemos pelo básico, chamo-me André. tenho 18 anos, e gostaria de dizer que é com o maior prazer que pretendo ajudar o meu grande amigo Luís Dias a fazer deste espaço, um dos melhores blogues do espaço cibernautico nacional e internacional, pois claro.

Como é que eu vim aqui parar? Eu conheci, o Luís mais ou menos há um ano atrás, eramos dois caloiros da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde desenvolvemos uma grande amizade, e não posso deixar de dizer, que o Luís é uma das pessoas que mais estimo. Depois de várias tentativas da sua parte, eu lá me decidi a criar uma conta de Gmail para poder aceitar o convite para participar no blogue, que se tornou num convite para fazer parte da equipa de administradores. Equipa essa em que sou uma espécie de "outsider", pois todos eles se conhecem pessoalmente, enquanto que eu tenho a sorte de ser amigo do Luís, o meu hermano (uma história engraçada) , e tive a oportunidade de conhecer o "Matafome", pois ele foi assistir a uma aula de microeconomia,mas infelizmente, já nem me recordo do nome dele. Todavia, estou certo que todos juntos vamos formar uma equipa dinâmica, ambiciosa e de sucesso! Como já devem ter reparado, também sou aluno de direito, o que significa que a partir de agora metade da equipa de administradores são "embriões de futuros juristas", o que pode ter algum reflexo na forma como abordamos os temas, nomeadamente os que ponham em causa diplomas legais, códigos etc, como de resto podem ver no meu comentário feito às graçolas do Sr. Alberto João Jardim, nomeadamente na parte final. Contudo, da minha parte, e certamente da parte do meu Hermano também, podem contar com um esforço para abordar as questões duma forma aberta e não sobre o monóculo do Direito, tal como o prof. Hespanha nos ensinou.

Para finalizar o que posso eu dizer mais? Talvez seja importante saberem que para além de estudar em Lisboa, sou de Castelo Branco, ou pelo menos vivo aqui desde os meus 11 anos, gosto de ver futebol, embora já tenha gostado mais, sou adepto do F.C.Porto, não costumo ler jornais ou ver telejornais, faço no entanto, um esforço para ver as "crónicas de Marcelo Rebelo de Sousa" e vi o "prós e contras" três vezes, ou seja, sou uma pessoa que anda sempre "à nora", sem a mínima ideia do que se passa na actualidade, daí que aceitei esta proposta do Luís, pois, de forma a alcançar um nível bom de qualidade de posts/comentários, tenho de me obrigar a estar actualizado. Quanto a música, a coisa é bem mais grave, não percebo rigorosamente nada de música, tenho uma enorme dificuldade em definir o termo "qualidade musical" e devo confessar que tenho uma ideia muito difusa do que isso possa ser, sei no entanto identificar aquilo que, gosto ou não de ouvir e, devo confessar que, usualmente a minha preferência recai sobre música de cariz romântico. Em suma, adivinham-se dificuldades para a minha pessoa quanto a minha participação no nosso espaço mais dedicado à musica. Resta-me só dizer, que espero com grande ansiedade pelas sextas-feiras onde terá lugar o espaço dedicado ao exercício físico e ao bem-estar, pois devo confessar que adoro dar um saltinho ao ginásio, quando posso claro está. Quanto ao meu espaço, correndo o risco de ser repetitivo, prometo, mais uma vez, fazer um esforço por me manter a par da actualidade e trazer-vos as melhoras frases da semana.

~André

sábado, 6 de setembro de 2008

Piadas à moda da Madeira...

http://diario.iol.pt/sociedade/alberto-joao-jardim-madeira-jardim-psd-psdm-menezes/983865-4071.html

No Diário de Notícias de Sábado (23 de Agosto), vinha uma notícia acerca do sr. Alberto João Jardim. Para muitos este é o homem que diz o que todos têm medo de dizer, é aquele que toca na ferida, o que se fosse primeiro-ministro tirava-nos da miséria, e mais umas quantas babuseiras. Todavia para mim não passa de um comediante populista. No dito artigo, o sr. Alberto João dizia que não era justo dizer-se que o PSD não fazia oposição, pois "é o PSD/Madeira quem faz oposição não apenas ao Governo socialista, mas ao próprio sistema político constitucional", portanto o PSD faria oposição sim, mas através da sua "filial" madeirense. Que este sr. jamais mede o que diz já nós sabiamos, mas contínua a surpreender-me. Fazer oposição não é dizer mal de tudo o que o Governo faz, não é atacar sem razão os membros do Governo só porque são de outra cor política ou porque têm outras concepções, não é criticar medidas só porque não são as que se ambiconava. Isto é, por ser o vocábulo "oposição", não significa que por tudo e por nada se tenha de estar nos antípodas (pois isso pode , até certo ponto, ser prejudicial para o país) . Fazer oposição é algo que não se vê muito por cá, é um acto que exige responsabilidade e discernimento, é apoiar o Governo quando são tomadas medidas importantes, é criticar o Governo sugerindo alternativas, é analisar de forma perspicaz as medidas do Governo e saber aceitá-las desde que se mostrem eficazes, é investigar/estudar e estar um passo à frente do Governo, demonstrando-lhe as melhores maneiras de encarar certa temática, etc. Ora, Alberto João nunca soube o que era fazer oposição, ele manda uns "bitaites", nem sabe se acerta se não, nem se preocupa, o que interessa é "mandar umas postas de pescada para o ar" e falar do que o povo quer ouvir (apela ao senso comum do povo, mas já não lhe apela à razão), sendo isso verdade ou não, certo ou errado, ético ou bárbaro, dando alternativas ou somente criticando. Resumindo, faz mais oposição o PSD do continente no quase total silêncio em que se fechou, que o sr. Alberto João com as suas copiosas "larachas".
Portanto, sr. Alberto João poupe-nos as gargalhadas, pois são tantas e repetidas as "anedotas" que qualquer dia deixam de ter piada.



I Believe I Can FLy (I) by LD


Este será o primeiro post inserido no meu espaço opinativo, cognominado "I Believe I Can Fly". Nele abordarei a participação portuguesa nos JO de Pequim 2008 - como não poderia deixar de ser. Gostaria que comentassem. (Pedimos desculpa, mas por motivos de força maior, Nazaré não pode iniciar a sua crónica semanal, todavia contem com ele para a semana).

Muitas foram as vozes que aventaram argumentos negativos acerca da participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Apelidaram a nossa participação de falhada, humilhante, vergonhosa, etc..
Não concordo que a participação portuguesa tenha sido uma vergonha, longe disso, contudo também eu fiquei com um toque agridoce na língua. Não posso esconder que tinha depositadas grandes esperanças na Telma Monteiro (uma medalhita), no Gustavo Lima (esteve quase), na Naide Gomes (óptima atleta...mau dia) e o João Costa (grande desilusão). Já o Nélson Évora e a Vanessa Fernandes estiveram num óptimo nível desportivo - muitos parabéns a ambos. No ético, a Vanessa Fernandes falhou. E falhou simplesmente porque aquilo que disse, disse-o de barriga cheia e num timing errado, evidenciando uma enorme falta de respeito pelos seus colegas de selecção. Atenção, não digo que aquilo que ela disse não está certo, ela sabê-lo-à muito melhor que eu, mas o timing em que o disse demonstrou da parte dela uma enorme falta de respeito para com os colegas.
Uma palavra também acerca do sr. Vicente Moura e da verba investida pelo Estado.
Primeiro, o sr. Vicente Moura demonstrou-se nervoso, demasiado impulsivo e até pouco profissional. Não se admitem comentários como os que fez sabendo que ainda havia atletas em competição (por exemplo, o Nélson Évora). Além disso, depois da medalha do grande Nélson, Vicente Moura veio dar o dito por não dito e, afinal, eventualmente, recanditar-se-à a mais um mandato (até aos JO de Londres em 2012). Isto não só demonstra a falta de tacto do sr. presidente do Comité Português, como também que Vicente Moura não é idóneo para ocupar este cargo. Neste cargo, exigem-se pessoas com profissionalismo e capacidade de liderança, pessoas que amam o desporto e o vivem/viveram por dentro (para perceber que por vezes estamos num dia mau e as coisas não correm como podiam), requisitos que se Vicente Moura preenche, não o demonstrou de maneira nenhuma.
Quanto aos 14 milhões de euros investidos pelo Estado na campanha olímpica só tenho a dizer que para Londres necessitaremos de um investimento ainda maior, mas melhor administrado. Porquê?! Porque os nossos atletas necessitam de meios para poder lutar por medalhas (não, não é só força de vontade e "pelôs na venta") e não é porque desta não conseguiram atingir as expectativas de Vicente Moura e demais uns quantos ludibriados que se lhe retira todo o apoio. A aposta deve ser contínua e reforçada de forma sustentável óbviamente. É claro que há que pesar os resultados e o investimento e chegar a uma harmonia. Por último, esse orçamento tem de ser administrado de forma mais responsável, pois atletas como Rui Silva e Sérgio Paulinho não chegaram a pisar Pequim e, no entanto, receberam uma parte significativa da verba investida. Era dificil prever que não iriam, dir-me-ão. Talvez, mas ainda assim há uma alternativa, canalizar esse investimento "perdido" para a nova campanha (e se esses atletas participarem nos JO de Londre 2012, então o investimento já foi canalizado).
No fim de contas, completamente desiludidos, muito orgulhosos ou ainda com um toque agridoce, o que fica para a história é que a participação portuguesa foi a melhor de sempre - obtivemos 43 pontos. Além disso, "l'important n'est pas de gagner, mais de participer", como disse o sábio barão Pierre de Coubertin [se bem que ambição de vencer nunca fez mal a ninguém].


PS - Não podia deixar de falar nos atletas (para além dos portugueses) que para mim foram sem dúvida espectaculares nestes JO. Sim, refiro-me a Usain Bolt (medalha de ouro e recordista mundial dos 100 m, 200 m e 4x100 m), Michael Phelps (8 medalhas de ouro, 7 recordes mundiais e 1 recorde olímpico), Yelena Isinbayeva (medalha de ouro e mais um recorde do mundo [24ªa vez que bate o recorde do mundo] no salto com a vara), equipa norte-americana de basquetebol (mostraram que realmente são os melhores, só contra Angola e na final [contra a Espanha] não ganharam por mais de 30 pontos), e talvez me esteja a esquecer de algum...
Uma palavra também para elogiar a organização chinesa. Sem sombra de dúvida, este foi um dos mais espectaculares JO de sempre!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Recomeço II

Caros visitantes, como o prometido é devido, aqui fica uma "mini-agenda" dos próximos tempos (para além dos posts avulsos que qualquer um de nós poderá ir colocando seja qual for o dia). Contem connosco, nós contamos com vocês!

Segundas-Feiras - na última segunda feira de cada mês teremos um cantinho multimédia com livros, albúns e filmes recomendados, novidades cinematográficas de relevo e mais algumas coisas.

Quartas-Feiras - ao jeito de "A Frase da Semana", André apresenta-nos frases mais ou menos felizes e presenteia-nos com o seu sentido crítico apurado.

Quintas-Feiras - Sr. Próprio brinda-nos com os seus pensamentos penetrantes e com a sua maneira alternativa de encarar a vida, expressando-se da forma que mais gosta - a poesia.

Sextas-Feiras - Nazaré leva-nos até ao mundo do exercício e do bem-estar, aproveite, pois pode retirar daqui conselhos muito valiosos para a sua saúde.

Sábados - é o dia de LD opinar acerca dos mais variados temas que têm marcado a actualidade.

Domingos - uma espécie de "Revista da Semana", onde cada um dos autores apresentará uma notícia e comenta-la-à.

Estes são os elementos fundamentais, diria estruturantes, da mudança (do recomeço), contudo, mais novidades poderão surgir. Até porque estamos abertos a sugestões vossas, caros visitantes. Agradeciamos que fossem interventivos e comentassem (prestamos sempre atenção a todo e qualquer comment).
Um bem haja.

PS - Hoje é Sexta, dia do Nazaré inaugurar a mudança. Força!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Recomeço

Caros visitantes,

como têm concerteza reparado, temos assistido a uma paulatina estagnação do blog. Um dos principais factores para tal é o facto de existirem poucos autores e da pouca dedicação de dois deles (LD e Cookie). A solução mais fácil seria dar este projecto por terminado. Porém essa opção nunca esteve realmente no nosso pensamento. Não só pelo carinho que temos por aquilo que temos postado, mas também pela consideração que temos por quem nos tem visitado e incentivado (um bem haja a todos vocês).
Posto isto, decidimos que a melhor solução seria dinamizar o blog, tratando mais temáticas e indo ao encontro daquele que foi um dos nossos objectivos iniciais - postar sobre a actualidade. Para tal, concordámos que o grupo de autores deveria ser alargado, desta feita convidámos André Campos e João Nazaré, dois jovens (tal como nós) e que desde logo se mostraram entusiasmados com a ideia. A eles, para já, gostariamos de agradecer pela disponibilidade e dar-lhes as boas vindas. E apesar da saida de um dos co-fundadores (Cookie), acordámos também que o outro co-fundador menos participativo (LD) entregar-se-ia mais ao projecto.
Concluindo, podem contar com um blog mais dinâmico e transversal. Diversas temáticas serão tratadas ao estilo de crónica, cabendo a cada um dos autores um "espaço opinativo" em determinado dia da semana, entre outras novidades. Contem com mais informações nos próximos dias, pois tudo indicia que a partir de Setembro as mudanças serão implementadas a fundo.

Esperamos que fiquem tão entusiasmados quanto nós com todas as mudanças, pois a medida do nosso sucesso depende quase exclusivamente do vosso apoio. Comentem e partilhem os vossos pensamentos e ideias connosco. Um bem haja,

LD
Sr. Próprio
André
Nazaré