sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009




Sr.Proprio

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

81st Annual Academy Awards


Já passava das 5h (em Portugal) quando a 81ª cerimónia de entrega dos Academy Awards of Merit, mais conhecidos por “Oscars”, terminou. Confesso que alguns dos nomeados me passaram completamente ao lado, ainda assim grande maioria eu conhecia. Nesta cerimónia, cheia de energia (não ela, mas as pessoas que nela participaram, obviamente), há que destacar algumas coisas (sumariamente):

- primeiro, foi muito agradável ver a remodelação do espectáculo da Academy of Motion Picture Arts and Sciences levada a cabo por toda uma nova equipa responsável por pôr os “Oscares” de volta no topo das audiências ( os produtores foram Bill Condon e Laurende Mark, produtores do filme Dreamgirls, por exemplo);

- segundo, Slumdog Millionaire (em Portugal Quem quer ser Bilionário) foi o grande vencedor, arrecadando 8 óscares (entre os quais o de melhor filme), em 10 nomeações;

- terceiro, The Curious Case of Benjamin Button (em Portugal O Curioso Caso de Benjamin Button) foi um dos grandes derrotados (digo eu), sendo premiado com 4 óscares (em 13 nomeações – o mais nomeado desta 81ª cerimónia dos Oscares). Os outros grandes derrotados foram Dark Night, Milk e Wall-E;

- quarto, fiquei desiludido com o facto de Angelina Jolie não ter ganho a estatueta de melhor actriz. Na minha opinião, em Changeling, Angelina Jolie demonstrou ser uma grande actriz e desempenhou o seu melhor papel até à data. Além disso, a profundidade e complexidade da sua personagem (Christine Collins) e a maneira como a “encarnou” faziam de Angelina a minha favorita na corrida ao prémio. Ainda assim, o Óscar não foi mal entregue, mas, quanto a mim, Angelina Jolie merecia a estatueta (e aqui falamos de questões de mérito);

- quinto, Wall-E foi quanto a mim o grande injustiçado da noite. Porquê? Muito dos que viram o filme saberão porquê. A profundidade de Wall-E, enquanto filme e enquanto personagem, as múltiplas mensagens e duplos sentidos que se nos apresentam no filme fazem dele um óbvio candidato a melhor filme (não foi nomeado) e melhor realizador (não foi nomeado). São escolhas é verdade, mas são também essas escolhas que demonstram quem somos e o que queremos. Neste caso, parece que a mensagem ecologista (e não só) de Wall-E não teve para a Academia assim tanta relevância, afinal de contas “já não estaremos cá quando o «mundo acabar» ”…;

- sexto, foi com um misto de felicidade e amargura que ouvi “and the winner is Heath Ledger”, na categoria de melhor actor secundário. Amargura porque Ledger não podia ali estar presente, pelo menos fisicamente. Amargura pela sua morte prematura. Amargura porque o seu primeiro Óscar no ano da sua morte. Gostaria de o ter visto subir ao palco e ouvir as suas palavras de quem já muito viveu (apesar da escassa idade). Felicidade porque ele merecia-o, ele era um grande actor e um intelectual. Não me esquecerei do seu estilo descontraído. Nunca se esqueceu do que era representar e do que era viver apaixonado (por isso nunca me pareceu verosímil a ideia de suicídio).

R.I.P. Heath Ledger (“I like to do something I fear. I like to set up obstacles and defeat them. I like to be afraid of the project. I always am. When I get cast in something, I always believe I shouldn't have been cast. I fooled them again. I can't do it. I don't know how to do it. There's a huge amount of anxiety that drowns out any excitement I have toward the project.”…).

Para mais informações consultem: http://www.oscar.com/nominees/?pn=nominees.