sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Estudo precoce


Estava tudo previsto,
A viagem marcada,
O dinheiro contado,
O nosso futuro brilhava,
O álcool corria,
As amizades flutuavam,
Porém surgiram os primeiros imprevistos…

Alguns perderam o comboio,
Tantos outros enganaram-se na estação…
Já lançado na sua maquina,
O maquinista começou a perder as suas carruagens!
Deixando antever o fim das promessas que constituem essa grande obra

Escravos do tempo!
Alguns correram,
Outros fugiram,
E os restantes desapareceram!

A memória é simplesmente algo que se consome com o tempo e se altera com a distância, dissipando-se como fumo branco, anunciando um recomeço dissimulado.

Aos que partiram, aos que ficaram, aos que desapareceram…
Tenho apenas a dizer:
Todos os contos têm um inicio,
Desenvolvidos por meios,
E acabando em fins…

Já se faz tarde
Já tenho as recordações arrumadas
Só me falta fechar a porta,
E apagar as minhas velas uma ultima vez.
Já sinto a liberdade a aclamar-me
Abraçando-me no beijo da escuridão
Só já sei, que é desta.
Não perderei o próximo comboio…


By:Sr.Proprio

1 comentário:

Marta disse...

Meu caro =D
Pensa antes que deste entrada na carruagem que te levou ao caminho que menos querias!

Pensa antes que estamos todos num compartimento vulnerável
(E que ainda mais vulneráveis somos nós)

E antes de mais (Que ironia a minha...)
Não te esqueças (mesmo que o questiones) que as decisões que tomas são tuas, da mesma forma que as tuas mãos te pertencem a ti e a ti só!

Não te arrependas de não conseguir chegar ali
Porque o "aqui" também merece o teu olhar
E talvez seja este aquele que te torna realmente mais feliz

Se não o acreditas
Não o questiones também
Deixa simplesmente a tua alma sentir os segundos que passam e o horizonte que nunca se afasta
(E parece nunca se aproximar...)

(Desculpa a provável lamechice)
(lol)

Um beijo,
Marta
[Com um olhar mais longo no futuro que no passado]