Julgo não serem necessários grandes comentários, pois o professor João César das Neves explicou com grande clarividência o que havia para explicitar. Não obstante, quero somente deixar clara a minha confiança na "mão invisível" do mercado e como consequência a minha total desaprovação quanto a uma possível intervenção do Estado na economia, neste caso, pois isso traria muitos mais inconvenientes que vantagens.
PS - Como dizia há dias o sr. José Pacheco Pereira, no jornal Público, «A "crise" não é o sinal da crise do liberalismo, mas sim do seu normal funcionamento, em sociedades e economias que incorporam o risco e os custos como parte do seu funcionamento normal, das regras do jogo dessa mão que Adam Smith dizia ser "invisível"». E continua «É o capitalismo cruel? Pois é, como a vida. Só que com uma diferença, os ciclos de equilíbrio e crise que sempre gerou foram aqueles que nos permitiram a enorme revolução da qualidade de vida, que desde o século XIX arrancou milhões e milhões de homens da miséria, primeiro na Europa e na América, depois na Ásia e hoje em particular na China. Obcecados pela nossa "crise", não incorporamos no nosso pensamento sobre o mundo essa verdadeira revolução na vida concreta de centenas de milhões de pessoas que se está a dar na Ásia, exactamente à custa daquilo a que, pejorativamente, chamamos dumping. E depois há uma outra verdade como um punho, que convém atirar para os olhos das sereias: não foi certamente o comunismo que fez esta revolução na vida concreta arrancada da miséria da maioria da humanidade, foi o intelectualmente vilipendiado capitalismo.»...Mais uma vez, não poderia estar mais de acordo.
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