terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Arte de Escrever


É Arte…
Aliás, a Arte!
Para quem a procura,
Apenas lhe posso dizer que anda por ai…
Sim, por ai!

E a quem a encontrou,
Simplesmente nada!





Pois estes bem sabem…

Que esta…
Não se baseia apenas no escrever,
Mas no descrever…
Não só no lembrar
Mas também no relembrar!
Não no sentir,
Mas no ressentir,
Palavra após palavra…
O batimento cardíaco a entrelaçar-se com a respiração recontida!
Unindo um leve requinte ordinário a uma grande subtileza extraordinária…

Aflora,
Todo um conjunto de palavras
Com sonoridades amplas,
Encontrando sempre algo pigmentado
Em todo o doce pensamento.

Profetiza o imaturo,
Sabendo esperar pela ocasião mais oportuna.
Para desfrutar de todo o seu esplendor!
Atingindo o limite do irreal,
Ziguezagueando entre Presente, Memória e Futuro…
Entre uma conjugação pouco provável,
De sentimentos materializada
Por um leve movimento ascensional,
Que transforma o imaleável
E lhe dá aquela forma conjugada.

E sabe…
Sabe abusar das palavras,
Valsando-as e munindo-as de pontos e vírgulas,
Tons de pensamentos atónitos
Contra,
tempos de raciocínios irónicos!

Dá vida a todo um mundo que já está morto…
Dá a querer,
O que poucos sonharam e que raros atingiram…
Consegue iluminar uma paisagem desfocada
Há quem diga mesmo,
Que dá um sorriso brilhante a um triste pensamento…

Ensina-nos a viver…
A ver, o que não se vê!
A sentir, o que não se sente!
A reaproveitar, o que já ninguém aproveita…

Apenas um aglomerado de palavras!
Frases moribundas com faculdades terapêuticas, que se perdem…
Num pequeno descuido,
Que faz sobressair o sentimento dito humano…

Impiedosa fórmula mágica que poucos querem entender,
Que nos sabe manter desconectados da vida real curtindo com o limite do irreal …

Acaba é por ser uma rodada de declamações temporais,
Que arrefece um qualquer ouvinte e que aquece o único orador
E que cai posteriormente, no grande poço do esquecimento.

Para mim, é uma arma que jamais alguém poderá desarmar …
Simplesmente fico embriagado com o cheiro a tinta,
E apaixonado pela textura do papel…
Eu sem ela sinto-me como o sol sem a lua, como o homem sem a vida, como o poeta sem a pena…

By: Sr_Próprio

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